sábado, 27 de agosto de 2011

Família

Meu avô paterno tinha "uns campos", então meus pais logo que casaram foram morar "pra fora". Nasci no distrito de Plano Alto, em casa.
Logo, vim para cidade, primeira neta dos meus avós maternos, virei centro das atenções.
Como nos primeiros meses de vida, o bebê necessita de consultas periódicas e cuidados que lá na estância, por ser longe dos recursos da cidade, não receberia, optaram por eu ficar morando na cidade com meus avós, minha mãe, voltou para o "Plano Alto" e logo em seguida engravidou da minha irmã, então definitivamente tornei-me filha caçula de meus avós. Tratada com extremo amor, mas com rigidez e limites.
Não vou negar que senti falta da minha mãe, do meu pai, depois dos meus irmãozinhos, traumas superados, percebo a importância da educação que recebi de meus avós, com certeza eles não pecaram por ser exigentes e rigorosos comigo, pecariam se me criassem cheia de mimos e sem limtes.
Hoje sou o que sou graças a contribuição e presença firme deles em minha vida.
A família é a base de tudo. Base para uma vida feliz ou o contrário. Isso não quer dizer, que o futuro de uma criança está garantido se ela faz parte de uma família convencional: mãe, pai,irmãos, etc... Existem famílias tradicionais que apenas para sustentar as convenções sociais, convivem juntas aparentemente bem, mas não são felizes e realizadas, por falta de sintonia,ou até mesmo falta de tempo, ou pior falta de amor, os filhos não recebem a atenção que necessitam ou recebem tudo que desejam materialmente, mas atenção e limites, são delegados a escola, as babás, professoras particulares e a terapeutas.
Estou aqui apenas fazendo uma reflexão, não estou criticando, muito menos condenando, pois sou humana, e ser humano de verdade, compreende o outro, sei que não é fácil estruturar uma família e também tenho certeza que cada família, cada pai e cada mãe, tem seus motivos, suas prioridades sua forma de ver e analisar a vida.
Os casais muitas vezes não querem dar novos rumos a suas vidas, pelo medo de prejudicar emocionalmente a vida dos filhos, então "o tradicional" é mais cômodo, mas a felicidade, o amor verdadeiro, a esperança de uma vida melhor, os sonhos, onde ficam?
Atualmente, as famílias apresentam perfis bem diferenciados: homens que são pais e mãe ao mesmo tempo, avós que criam os netos como filhos, mães batalhadoras que sustentam sozinhas a casa, trabalham 40 horas e ainda arrumam um tempinho para ajudar o filho na lição de casa e nunca deixam faltar amor e limites ao seu pequeno. E ainda exitem aquelas famílias formadas por duas famílias que se uniram, após casamentos anteriores.
Esta é a realidade que nós educadores nos deparamos. Para compreender nossos alunos, conhecer o contexto familiar é fundamental, o mundo está em plena transformação, mas os valores como amor, solidariedade, justiça, fé são imutáveis. Cabe a nós profissionais da educação,manter em nosso coração estes valores,sem moralismo preconceituoso, mas com a mente aberta ao novo, ao diferente e até mesmo ao estranho, só assim poderemos traçar uma parceria com esta nova geração de famílias que iremos receber em nossas escolas e consequentemente a criança que auxiliar na formação se sentirá acolhida, confiante, amada, segura e aberta a novas aprendizagens, novas descobertas e com certeza se tornarão adultos equilibrados e felizes.
E quem ajudará para que isso aconteça????
Nós!!! Os professores por VOCAÇÃO! Legal né????Mas sem esquecer da "PARCERIA COM A FAMILIA".

BEIJOS....ÓTIMO SÁBADO!!






Nenhum comentário:

Postar um comentário